A mineração é atividade econômica relevante no país |
A economia do Brasil sempre teve uma relação estreita
com a extração mineral. Desde os tempos de colônia, o Brasil transformou a
mineração - também responsável por parte da ocupação territorial - em um dos
setores básicos da economia nacional. Atualmente, é responsável de três a cinco
por cento do Produto Interno Bruto.
Na obtenção de matérias-primas, é utilizada por
indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, fertilizantes, petroquímicas e
responsável pela interiorização da indústria inclusive em regiões de
fronteiras. Em 2000, o setor mineral representou 8,5 % do PIB - 50,5
bilhões de dólares. É um setor, portanto, de profunda importância, pois, além
do que já representa para a economia nacional, o subsolo brasileiro representa
um importante depósito mineral. Entre as substâncias encontradas, destacam-se o
nióbio, minério de ferro (segundo maior produtor mundial), tantalita, manganês,
entre outros.
O índice de insalubridade na mineração é muito alto |
Deixando de lado aspectos já mencionados, não se pode
esquecer que a atividade mineradora é responsável pela criação de inúmeros
empregos diretos e indiretos, representando no ano 2000, 500.000 empregos e um
saldo na balança comercial de 7,7 bilhões de dólares.
Acidentes na
Mineração
O pesquisador Celso Salim, da Fundacentro – entidade
de pesquisa ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego –, afirmou há pouco que
a mineração é o quarto setor da economia com mais acidentes de trabalho no País
e o segundo em taxa de mortalidade por acidente de trabalho. Ele participa de
audiência pública conjunta das comissões de Legislação Participativa; e de
Direitos Humanos e Minoria sobre as condições de saúde e segurança da mineração
brasileira.
Segundo Salim, os altos índices de acidentes de
trabalho na mineração têm reflexo forte na vida das famílias, além de causarem
depressão e traumas para os trabalhadores. Os riscos a que os trabalhadores da
mineração são submetidos, conforme o pesquisador, incluem exposição à poeira, o
manejo de equipamentos sem proteção, carga de trabalho excessiva, movimentos
repetitivos, entre outros.
Engenheira Marta Freitas |
A Mineração e o SUS
Ele apontou ainda que estimativas de 2011 mostram que
o custo com acidentes de trabalho para Previdência seria de R$ 14 bilhões ao
ano, fora os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS). “Essas estimativas
referem-se apenas ao trabalhador com carteira assinada, sem contar os custos
dos trabalhadores sem carteira, que são muitos na mineração”. Ele ressaltou que
o trabalho informal e degradante, em minas clandestinas, é muito comum.
Além disso, Salim chamou atenção para o aumento da
receita das mineradoras entre 2000 e 2012, frente ao baixo aumento no salário
dos trabalhadores do setor. “A atividade mineradora brasileira apresenta
grandes contrastes”, disse.
Desenvolvimento
Humano
Já engenheira de Segurança da Confederação Nacional
dos Trabalhadores (CNTI), Marta Freitas, destacou que o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de municípios mineradores é menor do que a média
do Brasil. Ela defendeu que o marco regulatório da mineração contemple a
proteção da saúde e segurança do trabalhador, o que, na visão dela, não ocorre
no texto atual da proposta.
Fonte: Agência Câmara
Quem é o Técnico em Segurança do Trabalho?
É
o profissional que atua colaborando para o gerenciamento preventivo de
riscos existentes no ambiente de trabalho, desenvolvendo ações para
promover melhorias, garantindo a segurança e prevenindo acidentes. É
responsável pelo processo de investigação e adequação de procedimentos
para a execução de tarefas e atividades numa empresa. O Técnico em
Segurança do Trabalho tem como atribuição executar os procedimentos de
higiene e segurança do trabalho, promover e eventos para divulgação das
normas de segurança da empresa, inspecionar equipamentos de proteção
contra incêndio, instituir, treinar e apoiar a CIPA, entre outras.
A UNIPACS é parceira do PRONATEC e oferece Bolsas nos Cursos Técnicos nas unidades de Esteio e Taquara.
Peça mais informações pelos fones (51) 3473-0178 para ESTEIO e (51) 3541-2441 para TAQUARA.
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