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Unidade da Corsan em Canoas visitada pelos alunos |
Os primeiros sistemas públicos de abastecimento de água
do Rio Grande do Sul surgiram na segunda metade do século 19. É a fase
precursora do saneamento, iniciando-se por Porto Alegre (1864) e Rio Grande
(1877). Nova etapa seria marcada com a entrada do Estado no equacionamento dos
problemas sanitários por meio da criação, em 1917, da Comissão de Saneamento
vinculada à Secretaria das Obras Públicas. A sua finalidade era orientar,
coordenar e fiscalizar a implantação de sistemas de água e esgotos pelos
municípios. Destaca-se a contratação de diversos projetos junto ao sanitarista
Saturnino de Brito, que realizou os estudos para o abastecimento de água e dos
sistemas de esgotos sanitários de Dom Pedrito, Santa Maria, Uruguaiana,
Alegrete, Itaqui, Jaguarão, Cachoeira do Sul e São Leopoldo.
Em 1936, a antiga Comissão de Saneamento foi transformada
em Diretoria de Saneamento e Urbanismo da Secretaria das Obras Públicas. Pela primeira
vez, as prefeituras, através de convênios, concediam ao órgão estadual a
responsabilidade direta pela ampliação dos sistemas existentes ou a implantação
do serviço. Como consequência, teve início o planejamento do saneamento em
nível estadual com a determinação de prioridades, resolvendo, desta forma,
muitos problemas críticos de falta de água.
Nessa época, municípios que haviam contraído empréstimos
para a implantação dos seus sistemas de água e esgotos, repassaram a atribuição
ao governo do Estado, que absorveu também o ônus dos financiamentos. Foi o
caso, por exemplo, de Santa Maria, Cachoeira do Sul e Cruz Alta.
O desenvolvimento do Estado e o crescimento das cidades,
com o consequente aumento da demanda por saneamento, levaram o Governo do Estado
a optar pela criação de uma empresa estatal para essa área.
A Companhia Riograndense de Saneamento foi criada em 21
de dezembro de 1965 e oficialmente instalada em 28 de março de 1966, sendo esta
a data oficial de sua fundação. O desafio de proporcionar ao Rio Grande do Sul
e a sua população melhor qualidade de vida foi enfrentado pela empresa que
surgia. E a imagem do aguadeiro, que precariamente abastecia as populações no
início do século, ficou definitivamente na história.
Atualmente, a CORSAN abastece mais de 7 milhões de
gaúchos. Isto representa 2/3 da população do Estado, distribuídos em mais de
321 localidades.
O sistema de abastecimento da cidade
de Canoas é feito pela Corsan, de forma integrada com dois outros sistemas: o
de Esteio e Sapucaia do Sul, e o de Cachoeirinha e Gravataí, através da
captação de água no Arroio do Garças, em Canoas, e no Rio dos Sinos, em Esteio.
A água coletada é então levada até 3 Estações de Tratamento de Água (ETA), duas
delas em Canoas (ETA Niterói e ETA Base Aérea) e uma em Esteio (ETA Esteio).
No
final do mês de novembro, os alunos das turmas 3A2 e 3A3 do curso Técnico em Meio
Ambiente da unidade Unipacs de Esteio visitaram a Estação de Tratamento de Água
- ETA de Niterói, da CORSAN de Canoas. Acompanhando os alunos esteve a
Professora Suliany Ordakowski da disciplina de Monitoramento e Controle da
Poluição Ambiental. Pela primeira vez eles tiveram a oportunidade de analisar
na prática o que já haviam estudado de forma teórica, sobre o tratamento da
água para consumo humano. O Técnico Marcio Birk, que orientou a visita, falou
sobre a importância da realização de análises físico-químicas e biológicas em
amostras de água bruta e tratada, sendo que algumas são realizadas de hora em
hora. Foi muito interessante a visita nos tanques da ETE, onde foi possível conhecer
todas as etapas do tratamento, desde a captação. Também houve a oportunidade de
conhecer uma Calha Parshall em funcionamento, durante a captação da água, que é
realizada no Arroio das Garças. A visita foi extremamente importante para os
futuros técnicos em meio ambiente, que desta forma extrapolam o ambiente de
sala de aula e mantém contato com a realidade da profissão.
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