O sal é importante no metabolismo celular |
O sódio é essencial para a vida. Ele desempenha um papel
fundamental no metabolismo celular, permitindo a absorção de nutrientes e a
transmissão dos impulsos nervosos.
Como é um mineral que o
organismo não consegue produzir em si, é essencial obtê-lo através da dieta.
Além disso, comparado com outros minerais, o organismo necessita de quantidades
relativamente grandes de sódio. O sódio, além de oferecer sabor aos alimentos, favorece
em muitos outros aspectos, como a textura e cor.
Saber a importância do sódio em nosso corpo e como comê-lo é a
chave para uma vida saudável. Então, se você não pode controlar cada grama de sal
que come, lembre-se que o mais conveniente é não consumir mais sódio do que o
necessário. Se você for uma pessoa sedentária, então reduza a quantidade e
frequência.
O excesso de sal pode provocar doenças cardíacas |
Pesquisadores
da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, estimam que cerca de 2,3
milhões de pessoas morreram em 2010, em todo o mundo, por doenças relacionadas
à ingestão exagerada de sal. O número corresponde a 15% do total de óbitos por
enfarte, acidente vascular cerebral (AVC) e outras doenças cardíacas
registrados naquele ano no globo. Os números assustadores são consequência da
altíssima ingestão do ingrediente. Em uma segunda análise, o grupo concluiu que
75% da população mundial consome quase o dobro da recomendação diária de sódio.
Os dados foram apresentados ontem nas Sessões Científicas de 2013 em
Epidemiologia, Prevenção, Nutrição, Atividade Física e Metabolismo, da
Associação Americana do Coração, nos Estados Unidos. A equipe responsável pelo
levantamento é a mesma que, na terça-feira passada, associou o consumo de
bebidas açucaradas a 183 mil mortes em 2010.
De acordo com
a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada pessoa deve ingerir no máximo 2g de
sódio por dia, quantidade encontrada em 5g de sal. A Associação Americana do
Coração (AHA, em inglês) é ainda mais restritiva e recomenda que essa taxa de
consumo atinja, no máximo, 1,5g. O autor sênior da pesquisa, Darius
Mozaffarian, codiretor do Programa em Epidemiologia Cardiovascular e professor
de medicina e epidemiologia na Universidade de Harvard, afirma que a média de
consumo mundial é de 4g diárias. A variação entre os países é muito grande. As
menores taxas de ingestão estão em países africanos, como Quênia (1,5g por
dia), Malauí (1,5g) e Ruanda (1,6g), enquanto o Cazaquistão superou os outros
186 países estudados, com uma ingestão per capita de 6g por dia.
"Cada dia
mais se come uma maior quantidade de sal e isso começa ainda quando criança.
Crianças são loucas por produtos industrializados, como biscoitos amanteigados
e recheados. Nisso, elas consomem uma grande quantidade de sal por dia. Os
produtos industrializados têm uma tendência a usar um mais sal como um
conservante. O sal é o conservante mais barato que a indústria tem e ela abusa
disso em grandes quantidades. Apesar do consumo exagerado ser uma realidade
hoje, no nosso país existe uma nova legislação tentando diminuir a
quantidade de sal nos produtos industrializados. Um programa da Anvisa exige a
diminuição da incidência de sódio nos produtos industrializados. Mas não é só a
indústria que precisa diminuir, precisamos também de uma adequação da
população. Com a vida atribulada que as pessoas têm atualmente, costumam achar
mais fácil usar os produtos industrializados, como sopinha pronta, lanches e
temperos prontos."
Marcelo Barros, nutricionista do Instituto Nacional de Cardiologia
Fontes:
http://www.tudogeral.com
(acesso em 25.03.13)
http://www.correiobraziliense.com.br
(acesso em 24.03.13
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